A gestão técnica e financeira do parque será feita entre os municípios de Bragança e de Vinhais, o Fundo Ambiental e o ICNF.
Este modelo resulta de um decreto-lei de 2019 e pressupõe que as diferentes entidades coloquem ao serviço destas áreas o que de melhor têm para oferecer, através de um política de proximidade.
Hernâni Dias, presidente da câmara de Bragança, destaca que será uma forma de transmitir mais facilmente as preocupações dos habitantes da aldeias que compõe o parque. “Esse protocolo determina capacidade de presidir à co-gestão do PNM, por forma a termos uma relação mais próxima no que tem a ver com os seus problemas, mas nunca na capacidade de interferência na gestão dos seus valores naturais. O ICNF, em circunstância alguma, perderá as suas competências mas temos aqui uma oportunidade de poder transmitir preocupações e exigir maior responsabilização por parte das entidades competentes”.
Nas áreas protegidas de âmbito nacional deve ser adoptado o modelo de co-gestão até ao dia 1 de Janeiro de 2021.
As pessoas que residem nas aldeias do parque têm vindo, desde há muito, a manifestar-se contra a forma como é gerido. Também em Agosto do ano passado, quando se assinalaram os 40 anos do área protegida, Hernâni Dias lamentou que esta fosse apenas uma figura de ordenamento jurídico, não se posicionando como uma estrutura. O presidente tem agora esperança que as coisas possam começar a mudar. “Aquilo que nos levou, quer ao município de Bragança, quer ao de Vinhais, a entrar neste processo foi a convicção de que poderíamos ter uma voz mais firme para resolver alguns problemas. Se isso não acontecer sentir-me-ei defraudado nas minhas expectativas relativamente a esta parceria com o ICNF”.
O Parque Natural de Montesinho é composto por mais de 90 aldeias dos concelhos de Bragança e de Vinhais.
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