ESTIG comemora 30 anos com discussão sobre o futuro da instituição e do ensino

 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança completou 30 anos. A data foi assinalada na semana de tecnologia e gestão com o mote “Reconhecer o passado, viver o presente e perspectivar o futuro”.

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e também ex-presidente do politécnico de Bragança considera que muita coisa mudou nas últimas três décadas, já que os alunos enfrentam uma realidade educativa diferente. Sobrinho Teixeira explica que ministério está empenhado em implementar um novo paradigma de ensino. “Vai mudar a velocidade com que os jovens têm de encarar que um curso não é o final do seu percurso e que percebem que têm de estar em formação contínua. Assim, o processo formativo deixa de ser uma transmissão de saber e o mais importante é ensinar os jovens a aprender, acho que esse é o paradigma de ensino que temos de alterar. Levar os jovens a mais do que a ter essa aprendizagem de alguém que transmite conhecimentos, que daqui a 20 anos não deixam de ser verdade, mas estão menos actualizados, o mais importante é levar os jovens a aprender no processo formativo. Para isso temos de fazer uma grande aposta nos professores”, sublinhou na sessão na passada sexta.

Um dos contributos, à distância, foi o do bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Aires, que também considera fundamental uma formação continua e além do curso. “É de tal maneira a transformação a que estamos a assistir no mundo que vai ser difícil a formação em engenharia acompanhar porque vai necessitar de muitos ajustamentos a esses desafios. O ciclo de ensino tem impactos, porque a formação ao fim de sete anos nessa altura já vai haver uma realidade nova. Vai haver uma aposta na formação on-line”, sustenta.

A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados, Paula Franco, considera que apesar de este ter sido um ano desafiante para os profissionais da área também foi uma boa oportunidade para estudantes saídos do superior evoluírem. “Os estágios na área da contabilidade este ano foram muito desafiantes porque os escritórios de contabilidade precisaram de muitos recursos e recorreram aos estagiários, aos novos profissionais que chegaram ao mercado, para fazer face a estas necessidades. Foi um desafio enorme, no sentido positivo, que trouxe uma abertura para esses jovens que estão a começar”, afirmou.

Os 30 anos da ESTIG assinalados entre quarta e sexta-feira passadas, na semana de tecnologia e gestão, numa reflexão sobre o passado e o futuro da instituição.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro