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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Movimento Terras de Miranda exige ao Governo 110 milhões de euros de barragens

 Em causa está a venda por parte de EDP de seis barragens situadas em território transmontano a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova.


O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) exigiu esta segunda-feira ao Governo e entidades envolvidas na venda de seis barragens transmontanas que paguem os cerca de 110 milhões de euros que a lei prevê para este tipo de transação.

O movimento pretende ainda que o Governo assegure que essas receitas fiscais sejam afetas a um Fundo destinado ao investimento na cultura, na valorização da história, da Língua Mirandesa e na ecologia local, como fatores de desenvolvimento económico”, defendeu o MCTM numa nota envida à Lusa.

O MCTM refere que, caso isso não aconteça, responsabilizará no plano institucional e pessoal os responsáveis envolvidos na transação.

“O negócio envolve a venda de bens públicos, de todos os cidadãos e só se pode fazer se o governo autorizar, nos termos, no tempo e no modo que o Governo entender. Por essa razão, responsabilizamos o Governo se o pagamento do imposto não foi acautelado”, refere o movimento.

Segundo o MCTM, a EDP está a vender por 2,2 mil milhões de euros o prolongamento da concessão das três barragens do Douro Internacional, que lhe havia custado 700 milhões em 2007, ou seja, por mais do triplo. O MCTM refere também “que este valor é produzido na região, pelos recursos naturais autóctones, em especial pela água e pela orografia dos terrenos do território”.

Os signatários do movimento insurgem-se ainda contra “a falta de transparência” deste negócio, informando que têm vindo “a insistir com o Governo para conhecer o parecer e o despacho governamental que autoriza a venda das barragens, sem qualquer sucesso, nem sequer obtendo resposta”.

O MCTM exorta a populações para se mobilizarem e para “não se deixarem enganar” com promessas, referindo que este “é o tempo das ações e não das palavras”.

Em causa esta a venda por parte de EDP de seis barragens situadas em território transmontano a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.

As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada como a Barragens de Miranda e Picote (Miranda do Douro), Bemposta (Mogadouro), Baixo Sabor e Feiticeiro (Torre de Moncorvo) e Foz Tua (Carreada de Ansiães / Alijó).

Em 23 de novembro, o parlamento aprovou uma proposta do PSD de alteração ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) para a criação de um fundo com receitas do trespasse da concessão destas seis barragens.

Na sexta-feira, a Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes anunciou que vai solicitar uma reunião com o primeiro-ministro para avaliar as contrapartidas da venda, pela EDP, de seis barragens da bacia hidrográfica do rio Douro a um consórcio internacional liderado pela Engie.

Vamos dizer ao primeiro-ministro, António Costa, que reivindicámos que os cem milhões de euros de impostos, sejam efetivamente integrados num fundo a gerir pelo território onde estão instaladas as seis barragens. Este já havia sido discutido na assembleia intermunicipal da CIM em dezembro de 2019″, destacava o presidente daquela entidade, também autarca de Miranda do Douro, Artur Nunes.

A posição da CIM das Terras de Trás-os-Montes divulgada foi tomada na reunião do Conselho Intermunicipal, durante a qual a proposta foi aprovada pelos representantes dos nove concelhos que integram este órgão: Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

O Ministério do Ambiente e Ação Climática anunciou em 13 de novembro que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) aprovou a venda de barragens da EDP situadas no Douro Internacional, Baixo Sabor e Foz-Tua.

António Cotrim/LUSA

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