O médico foi o convidado para a segunda sessão da iniciativa “Braganç@Educa” e considera que a comunicação e a proximidade, cada vez mais estreitas, entre os encarregados de educação e as instituições de ensino, têm ajudado a que os jovens sejam mais bem tratados quando comparado com o que acontecia há algumas décadas.
“Havia uma fissura, um divórcio entre as famílias e a escola. Não havia qualquer espécie de comunicação, nem diálogo entre pais e escola. A ideia de inclusão era absolutamente estranha para toda a gente. A acentuação entre quem vinha de meios sócio-culturais ricos e pobres era uma diferença astronómica”, afirmou.
“Como as escolas e as famílias poderão formar um elo poderoso” foi o tema que o neurologista trouxe a debate. O médico considera que esta ligação entre as duas partes é cada vez mais acentuada e defende que, ainda que pareça, não se torna excessivo nem prejudicial para as crianças.
“Há quem defenda que há intromissão de mais da família na escola, mas não acho que isso faça sentido. Quando cresci a taxa de analfabetismo era de cerca de 30% e não havia sequer forma de os pais participarem na educação dos filhos. Isto mudou imenso e permitiu que as famílias passassem a ter um papel activo”, afirmou.
Confrontado com a questão de uma possível falta de tempo cada vez maior, por parte dos pais, em estar com os filhos, Nuno Lobo Antunes considerou que hoje em dia há mais preocupação em acompanhar os jovens fora da vida escolar.
O “Braganç@Educa” é um webinar destinado a toda a comunidade educativa, colocando o debate da educação. A próxima e última sessão acontece na quarta-feira e pode ser acompanhada, em directo, no facebook da câmara. O convidado será Rui Correia, vencedor do Global Teacher Prize Portugal 2019.
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