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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

O QUE É A MODA

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Mário Gonçalves Viana, in: “ A Psicologia da Mulher, assevera: que “ é um fenómeno de contágio (…) “ e acrescenta: “ O sexo feminino, entrega-se-lhe completamente.”
A moda, não só influencia o modo de trajar; mas, igualmente, o modo de pensar.
O que ontem se condenava, aceita-se agora, como normal.
As ideologias, também têm moda. Há épocas, que certas ideologias e comportamentos, são aceites; e épocas, que são abomináveis.
D. Manuel de Melo, conta: “ Eu tenho na minha livraria, um livro feito por Alonso Carraça (Madrid, 1636) contra as guedelhas, de que diz coisas abomináveis; e tenho outro feito por Pedro Mexia (historiógrafo do Imperador Carlos V, natural de Sevilha) em que não cansa de chorar ver homens tosquiados. A razão disto é o uso, que no tempo de um costumavam os cabelos grandes, e parecia vício e abuso raparem-se os homens; e no outro costumavam cabelos rasos e parecia desonestidade trazerem-se crescidos.”
Meu pai, na coluna que mantinha no: “O Comércio do Porto”, em meados dos anos sessenta vituperou colegiais, que usavam calças, porque, na época, não era “decente”, segundo seu parecer. O que diria, ele, dos atuais calções e fio-dental ?
Tudo muda, consoante a época.
Adquiri, nos anos setenta, guarda-chuva de vara de, madeira. Todavia o guarda-soleiro, à fina força, queria vender-me um, com vara metálica. Argumentava, que estavam na moda. Meu avô, no início do século XX, já usava de metal! … Estavam na moda e eram elegantíssimos…
Tudo muda, consoante a época
Adquiri, nos anos setenta, guarda-chuva, de vara de madeira. Todavia o guarda-soleiro, à fina força, queria vender um de vara de metal. Argumentava, que estavam na moda. Meu avô, no início do século XX, já usava de metal! … Estavam na moda e eram elegantíssimos.
As palavras também têm moda. Tem moda e gastam-se, mudam de significado. Palavra há, que foram queridas outrora, e que se tornaram abomináveis.
Em conclusão: São as elites, que comandam e levam, o vulgo, de arreata. Este, pensa que pensa, mas não pensa. é simples bonifrate, de marioneta.
A moda é isto: nada mais que um fenómeno de contágio…

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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