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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Fim-de-semana amargo para o comércio e a restauração de Miranda do Douro

 Este fim-de-semana, o descontentamento foi notório em Miranda do Douro. As fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha voltaram a abrir, no sábado, mas o concelho não avançou para a quarta fase de desconfinamento. Por isso, o comércio e a restauração fecharam bem cedo
Os restaurantes são dos que mais sofrem com esta medida porque à uma da tarde encerram portas e praticamente não dá para servir almoços. Dora Dias, proprietária do Mirandês, assinala que quase não se consegue trabalhar e como os espanhóis costumam almoçar tarde, acabam por nem ir. “Não estávamos a contar em fechar tão cedo. Este fim-de-semana seria uma lufada de ar fresco para a economia local, mas com esta situação Miranda sofre. Temos sido contactados por diversos espanhóis e o que dissemos foi que tínhamos que fechar e que viessem o mais cedo possível. O que me disseram alguns é que nesta situação não virão e que ficará para uma próxima”.

Paloma Sanchez é espanhola mas não esteve em Miranda de visita. É proprietária de um café há largos anos. A maioria dos clientes são espanhóis que procuram os petiscos que ali faz. Com este horário nem vale a pena abrir a cozinha. “É mau, muito mau. Nem a cozinha tenho aberta. Para quê? Os espanhóis costumam almoçar tarde e nós temos que fechar à uma que é quando eles começam a vir. Até que nos deixem fazer o trabalho normal não começamos a trabalhar”.

Raul Silva é proprietário de um café. Apesar de não ser justo fechar tão cedo, entende que são medidas para cumprir. “Temos que compreender que a situação não está normalizada e ao não o estar temos que esperar mais dias. Abrir as fronteiras e as pessoas virem e nós termos as portas fechadas também não serve de nada”.


O comércio também é prejudicado com esta medida já que fecha portas às 13 horas. Os comerciantes de Miranda estão satisfeitos com a abertura de fronteiras mas lamentam que não haja grande tempo para fazer negócio. “À hora que os espanhóis costumam aparecer, por volta das 12/13 horas, vão chegar cá, esperemos que só seja este fim-de-semana, não é muito bom. É triste”, disse José Mesquita. “Temos que fechar à uma. É muito pouco tempo. Pomos as coisas e dali a bocadinho temos que recolher tudo outra vez”, contou Isabel Ramos.

Os protestos dos empresários de Miranda, que esperam que no próximo fim-de-semana o cenário já seja diferente.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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