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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

O Dia do Trabalhador e os trabalhadores dos nossos dias

 E ainda no que toca ao trabalho... Portugal é o quarto país da União Europeia com mais contratos a prazo, segundo dados revelados, no sábado, pela Pordata

Helena Fidalgo é natural de Freixo de Espada à Cinta e é jornalista. Quando começou, raro era o profissional da área que não trabalhasse a recibos verdes, mas reconhece que, nestes últimos 30 anos muito mudou. A jornalista, que começou na Rádio Brigantia, está há 24 anos na Agência Lusa e admite que a profissão é apaixonante, mas ao mesmo tempo, exige muita disponibilidade. “Aquilo que nós escrevemos vai ter impacto. Impacto nas pessoas, na comunidade, tem sempre impacto. Quando se lida com pessoas, a nossa ponderação é muito mais exigente. Há uma responsabilidade permanente, mesmo na mais pequena notícia. Eu não sei que é desligar. Eu sei que tenho folga mas se acontecer algo de extraordinário sei que tenho que ir para o terreno”.

A jornalista vive uma espécie de casamento com a profissão, em que não faltam os dias bons mas também há alguns maus. Quanto ao rumo da profissão, admite que é preciso reflectir sobre a forma como se olha para estes profissionais. “Mudou tudo e, pelo que vamos ouvindo, dos estudos que se fazem, não mudou para melhor. A imagem que as pessoas têm dos jornalistas não sei se é a melhor. Quando comecei a trabalhar, sobretudo a nível regional, as pessoas tinham um carinho muito grande pelo pessoal da comunicação social. As pessoas parece que acham que os jornalistas andam numa roda viva e que vale tudo. Não é assim. Temos uma auto regulação, temos órgãos perante os quais respondemos e um código deontológico”.

António Pires é o único alfaiate de porta aberta em Bragança. Tem uma profissão cada vez mais rara no país. É natural de Samil e gostava de ter sido carpinteiro mas a vida virou-se para aqui. Começou a aprender a arte com 12 anos e desde aí já lá vão 55. “Quando fui para o Garrido éramos uns dez empregados. Havia muitos alfaiates. Eram para aí uma dúzia. O trabalho é o mesmo. O alfaiate faz o fato da mesma maneira que eu aprendi. Quando comecei a aprender não havia pouca confecção. Desde aí tudo mudou”.

O alfaiate lamenta que hoje em dia não se aprenda os ofícios com antigamente. “Podia estar aqui a ensinar duas ou três pessoas, ao mesmo tempo que podiam estudar a profissão também na escola. Assim, algumas das profissões não se perderiam”.

Dois trabalhadores que foram crescendo com o trabalho, que não esperaram ter, mas que nunca mais deixaram.

Escrito por Brigantia

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