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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Imprensa regional em gestão de sobrevivência

Apenas num mês, a pandemia está a infetar, e muito, a informação escrita regional e local.
© Pixabay
uma situação de agonia que se agrava a cada dia que passa. A imprensa regional está a ter sérios problemas de sobrevivência por causa do forte impacto da pandemia da Covid-19. As poucas receitas de publicidade, bem como a falta de vendas e de recursos próprios, estão a fazer com que várias publicações fiquem suspensas. Numa altura em que muita gente só tem acesso a este tipo de informação, as direções dos jornais regionais contam os cêntimos para poderem chegar aos leitores.

O semanário Nordeste, de Bragança, esteve para não sair esta semana. Só uma compra de última hora, de duas páginas, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, evitou o pior. "Que fez com que nós pudéssemos manter a impressão do jornal e cumprir os nossos compromissos com os nossos assinantes e leitores. Pelo menos as próximas duas edições", desabafa Paulo Afonso, diretor do jornal.

Por mês, só nas quatro impressões, o Nordeste gasta oito mil euros. Somam-se os custos com o pessoal, viaturas, máquinas, distribuição, entre outros, e com tudo parado, a publicidade não entra. Paulo Afonso fala numa gestão de sobrevivência que poderá extinguir muitos títulos no país.

"Não é um negócio rentável, que se está a fazer na medida da possibilidade e numa gestão de sobrevivência. Não quero arriscar números mas dezenas de jornais no nosso país, de âmbito regional, julgo que irão desaparecer depois desta crise".

Em Bragança, o Mensageiro é o outro semanário. Está registado, como mais 180 publicações portuguesas na AIIC- Associação de Imprensa de Inspiração Cristã. Já fizeram chegar às câmaras e Juntas de freguesia portuguesas um pedido "sensibilidade" para ajudarem com publicações das ações que fazem e informações à comunidade "muito importantes neste tempo de Pandemia", salienta o diretor António Rodrigues que é também vogal da direção da AIIC.

"É uma publicidade institucional de forma a compensar algumas perdas de receitas dos jornais e que possa permitir algum desafogo para que mantenham a sua atividade porque é importante para os cidadãos terem acesso a informação credível e verificada".

Os dois semanários são impressos numa gráfica em Braga, pertença do Diário do Minho que imprime cerca de 100 títulos nacionais. Luís Carlos é o responsável e lembra que 15 desses já suspenderam as edições. "À volta de 15% suspenderam a impressão por dificuldades de tesouraria. Também têm reduzido significativamente o número de páginas. Há jornais que reduziram para metade. As tiragens têm-se reduzido substancialmente, uma vez que os postos de venda estão fechados e tudo isso está a ter um impacto bastante negativo na comunicação de proximidade".

Apenas num mês, a pandemia está a infetar, e muito, a informação escrita regional e local.

Afonso de Sousa

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