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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Vendedores ambulantes são a garantia de que nada falta nas aldeias

Nesta altura de isolamento, os vendedores ambulantes continuam a fazer chegar às aldeias alguns dos bens essenciais, evitando que os habitantes se desloquem para fazer compras.
É o caso de Luís Gonçalves, que passa ao longo da semana por cerca de duas dezenas de aldeias dos concelhos de Bragança e Vinhais, onde vende mercearia. Mas agora, com alguns novos cuidados em relação à limpeza e no contacto com os clientes. O comerciante tem-se apercebido que as pessoas estão em geral preocupadas e que, por isso, preferem não sair da aldeia para fazer compras. “Há muitas pessoas preocupadas e já elas têm pouca mobilidade por isso agora evitam deslocar-se. Nesta altura, é um serviço importante que prestamos à população, se bem que é o ano todo. As pessoas mantêm-se mais no cantinho delas e andam por ali a fazer seviços e a tratar das hortas mas não se deslocam muito”.

Nos últimos tempos vê, nas suas rondas, mais gente nas aldeias. “Notamos mais gente nas aldeias. Vende-se mais um bocadinho, ao haver mais gente claro que se vende mais e as pessoas compram mais porque, embora estejam informadas, não sabem o que vai acontecer”.

Leandro Marques distribui pão e doces de uma padaria e de uma pastelaria de Vinhais. Faz, como de costume, o percurso por várias aldeias daquele concelho e do vizinho de Bragança. Mas, ao contrário do que é habitual, também leva agora outras encomendas. “Pão, bolos e outras coisas que me pedem. Às vezes pedem que leve os medicamentos da farmácia, arroz e leite”.

Nas rondas também implementou mudanças, por causa da Covid-19. O desinfectante não falta na carrinha e a distância social aumentou. “Usamos máscaras de protecção e luvas descartáveis. Há menos contacto com as pessoas, deixam um saco no fundo das escadas com o dinheiro e o pão que querem e deixamo-lo lá”.

Também tem visto mais pessoas nas aldeias, muitas vindas do estrangeiro e reconhece que algumas fizeram o esforço de se manterem em isolamento em casa. E se isso levou ao aumento das vendas, também diz que alguns clientes habituais deixaram de comprar pão. “Há muita gente que tem forno e coze. Aquelas pessoas que tinham possibilidade de cozer e não o faziam por falta de tempo, agora cozem. Depois há outras que ficam mais resguardadas”.

Quando se impõe isolamento social e se pede que se evitem deslocações desnecessárias, os vendedores ambulantes assumem um papel importante para que alguns bens essenciais continuem a chegar às aldeias.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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