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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Está a nascer um mosteiro em Palaçoulo e vai acolher monjas italianas

 A aldeia de Palaçoulo, em Miranda do Douro, Bragança, foi o local escolhido para a localização do futuro Mosteiro Trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja. A obra orçada em seis milhões de euros constitui um marco, uma vez que há 128 anos que não se construía um mosteiro em Portugal.

Grupo Fundador

O Mosteiro Trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja, a sua designação oficial, visa acolher as monjas da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO), também conhecidas por irmãs Trapistas. Espera-se que 40 religiosas fiquem a morar no local, dedicando-se à contemplação e a actividades agrícolas.
A obra deverá ficar concluída em Outubro deste ano e custa 6 milhões de euros. Parte do valor será pago pela Ordem, para o restante as Irmãs contam com a “providência divina” e com os seus labores na agricultura e no artesanato.
O Mosteiro fica situado numa área de 30 hectares, em terrenos que foram doados pela população de Palaçoulo. Além de uma Igreja, a obra inclui uma hospedaria, um claustro para oração e áreas dedicadas ao cultivo e à pecuária, uma vez que as monjas pretendem ser auto-suficientes.
As monjas justificam a escolha para a localização do Mosteiro com “a generosidade dos fiéis de Palaçoulo” que doaram o terreno e com o “pedido do Monsenhor José Cordeiro, Bispo da diocese de Bragança-Miranda”, que estava “ansioso por ter um mosteiro na diocese que testemunhe a centralidade da vida evangélica e litúrgica”. A devoção a Nossa Senhora de Fátima também explica a escolha.
D. José Cordeiro já afirmou que voltar a ter um “mosteiro beneditino, 472 anos depois do encerramento do mosteiro de Castro de Avelãs”, é um “pequeno milagre”.
“Desde a construção do Mosteiro de São Bento de Singeverga, em Santo Tirso, há 128 anos, que não se construía um mosteiro em Portugal”.
As primeiras monjas  chegaram a Palaçoulo até Outubro, altura em que se espera que a obra esteja concluída. E já estarão preparadas para comunicar com os habitantes locais, uma vez que já terão aprendido a falar e a escrever as Línguas Portuguesa e Mirandesa.
O bispo da diocese de Bragança–Miranda, José Cordeiro, defendeu que o futuro mosteiro trapista que está a ser erguido em Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, vai contribuir para a coesão territorial do Nordeste Transmontano.
“Temos já muitos pedidos de pessoas de Portugal e de Espanha para vir conhecer o mosteiro e acredito que existem muitos jovens a inquietar-se para perguntar pela vida monástica”, disse José Cordeiro, no âmbito de uma visita às obras da Casa de Acolhimento do mosteiro trapista.
O bispo assegura que a conclusão da Casa de Acolhimento e do mosteiro vão contribuir para o desenvolver o turismo religioso nesta diocese do Nordeste Transmontano, “já que as visitas ao local começam a ser frequentes”.
As obras da Casa de Acolhimento do mosteiro entraram na sua reta final e em Palaçoulo já se encontram as primeira duas de 10 religiosas da ordem Cisterciense da Estrita Observância que vão permanecer “em clausura” naquele complexo religioso.
Segundo José Cordeiro, o mosteiro, ao ser construído em tempos de pandemia, pode ser encarado como uma resposta a tempos difíceis, “porque quem aqui vier vai sentir uma paz no seu coração”.
Esta ordem religiosa (ligada ao Mosteiro de Vitorchiano, em Itália) vem para Portugal “e está vocacionada para a vida contemplativa”, trazendo ao Nordeste Transmontano “uma mensagem de paz para todos aqueles que aqui se deslocarem, o que obriga as pessoas a virem cá em busca do silêncio, da fé e da contemplação”, referiu o bispo, em junho de 2019.
A Casa de Acolhimento é a primeira fase do futuro mosteiro que as monjas vão habitar, cujas obras estão previstas para o primeiro semestre de 2021.
“Nós vamos ficar aqui para sempre. Ainda não existe uma data marcada para a chegada das outras oito monjas que vão habitar nesta comunidade devido à pandemia, o que não permite fixar uma data para essa chegada”, vincou a superiora, irmã Josefina.

Futuro Mosteiro Trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja em Palaçoulo

Por seu lado, o padre António Pires, procurador das monjas italiana em Portugal, disse que a vida monástica no país é praticamente inexistente, prevendo que todo o complexo religioso incluído o mosteiro, esteja concluído em 2023.
O complexo religioso, que terá capacidade para 40 monjas e será “orientado para a contemplação e culto divino dentro do recinto e segundo a regra de São Bento”, sendo o custo suportado integralmente pela Ordem formalmente designada Cisterciense da Estrita Observância e custará seis milhões de euros.
Numa primeira fase, ou seja, até novembro, 10 monjas vão ocupar o espaço religioso já que, segundo as regras desta comunidade monástica, não se pode construir uma ordem com menos de 10 religiosas.
O empreendimento religioso está orçado em seis milhões de euros e vai ocupar uma área de 30 hectares de terrenos que foram cedidos, permutados ou comprados pela Paróquia de S. Miguel de Palaçoulo e situados no lugar de Alacão, a cerca de três a quatro quilómetros da aldeia de Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro.

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