O diretor do parque, Miguel Fernandes, contou à Lusa que nos anos anteriores, no início de dezembro, já tinham as reservas fechadas até depois do ano novo, enquanto este ano andam na ordem dos 50% e são feitas na base da incerteza.
Este espaço de ecoturismo é uma iniciativa municipal, criado há 12 anos para ser uma mostra da fauna e flora do Parque Natural de Montesinho, onde se situa, e que dispõe de vários atrativos e de alojamentos em plena natureza.
De ano para ano, a procura pelos alojamentos tem crescido e, em anos anteriores, o mês de dezembro ficava lotado com antecedência, sobretudo para os períodos de Natal e Ano Novo.
Neste dezembro, “nota-se bastante o impacto da pandemia”, como disse à Lusa o diretor, concretizando que já nos fins de semana prolongados dos feriados “notou-se um decréscimo acentuado.
“A esta data nos anos anteriores já tínhamos tudo cheio, agora está a 50%”, apontou, referindo-se às reservas e salvaguardando que “muitas pessoas marcam na incerteza”.
Já houve casos de reservas desmarcadas devido às restrições impostas pela pandemia, nomeadamente no que se refere à circulação de pessoas.
O parque esteve encerrado de 15 de março a 31 de maio. Reabriu em junho e, nos três meses de verão, diminuíram as visitas, mas mantiveram-se os níveis de ocupação no alojamento com aumento da permanência de “três quatro noites para seis, sete noites”.
Em outubro, foi cancelada a feira da Castanha que costumava também lotar as quase 50 camas disponíveis em “bungalows” de diversas tipologias espalhados pelo parque, que tem ainda uma hospedaria fechada ao público desde o início da pandemia para estar disponível para eventuais necessidades de acolhimento de doentes.
Dezembro era sempre um mês “bom” na procura”, que este ano Miguel Fernandes perspetiva que “seja muito reduzida”, contrariando a média anual que rondava os 40 mil visitantes.
Ainda assim, o diretor garante que “o parque não fecha, está todos os dias abertos, incluindo no natal e ano novo para visitas ou estadias”.
No Parque Biológico de Vinhais, os visitantes encontram exemplares das várias espécies de animais da região, um Centro Interpretativo das Raças Autóctones, um Centro Micológico, Centro Hípico, piscina biológica e podem praticar várias atividades ao ar livre.
Depois de um verão com uma procura turística pelo interior, os últimos meses têm revelado uma quebra acentuada que levou alguns dos principais equipamentos hoteleiros da região a optaram por encerrar durante o mês de dezembro.
Entre estes estão o Hotel São Lázaro, o maior de Bragança, e a Pousada de Bragança, que tem no restaurante uma estrela Michelin.
O distrito de Bragança tem atualmente cerca de 800 casos ativos de infeção entre os cerca de 125 mil habitantes divididos por 12 concelhos.
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