José Fernandes diz que a Linha de Saúde 24 está a pedir às pessoas, que telefonam por socorro, para telefonarem para os bombeiros. Segundo o comandante, o problema que se põe é que as pessoas não sabem que o transporte feito pelos bombeiros não é assegurado pelo INEM. “As pessoas telefonam para a Linha de Saúde 24 para serem socorridas e dizem-lhe que telefonem para os bombeiros. As pessoas telefonam para os bombeiros pensado que o transporte é assegurado pelo INEM mas não é verdade. No dia 3 de Abril recebemos uma chamada da ASMAB, para socorrer uma criança de sete meses com sintomas fortes. A mãe, vítima de violência doméstica, telefonou para a Linha de Saúde 24 para socorrermos o bebé. Como em Bragança não há urgência de pediatria teve que ser transportado para Vila Real. Ninguém do Estado assumiu esse transporte e foi assumido, e bem, pela ASMAB. Os bombeiros de Bragança e a ASMAB vão assumir esse transporte mas isto não pode ser, as pessoas têm direito a ser transportadas".
O comandante critica ainda que nem o INEM nem a Linha de Saúde 24 tenham cedido algum do material que, nesta altura, estão a utilizar. "A sociedade, pessoas individuais e empresas... tem vindo aqui muita gente a trazer-nos alimentação, a dar-nos equipamento e aquilo que precisamos. Felizmente temos equipamento mas não foi dado nem pelo INEM nem pela Saúde 24. o equipamento que estamos a utilizar, que é muito e caro, tem sido suportado pela direcção da associação e por donativos de empresas e particulares. Estamos a ir ao encontro das necessidades e ninguém em Bragança ficará sem socorro".
A corporação brigantina está a ser testada para a covid-19 mas, segundo José Fernandes, quem lhes valeu para que isto fosse possível foi a câmara de Bragança. "A nossa corporação está a ser, neste momento, toda testada. Temos que ter a certeza que não somos o agente que vai infectar. Tivemos o socorrer da câmara, que fez um esforço pagando. Teve que ser a câmara a pedir para que fossemos testados".
O comandante sublinhou que os bombeiros de Bragança estarão sempre presentes onde for preciso e para quem for preciso.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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