“Não temos condições para assegurar a segurança que é necessária para estas crianças e jovens”, justificou o presidente da Câmara, Hernâni Dias, em declarações à Lusa.
Acresce ainda, segundo o autarca, que se antevia uma fraca adesão devido aos receios que tanto pais como encarregados da educação têm e que se revelou na reabertura do pré-escolar, depois do desconfinamento.
“A adesão, depois da reabertura, foi de 10%”, apontou o autarca, salientando que “as pessoas ainda estão com muitas reservas”.
O presidente da Câmara reconheceu que o cancelamento destas atividades acarreta “situações difíceis para algumas famílias” que não têm alternativa para ocupar os filhos nas férias escolares, mas entende que a autarquia não pode ser “agente de propagação” da doença.
A decisão do município abrange as diferentes modalidades de ocupação das crianças e jovens, nomeadamente as “Férias Desportivas e Culturais” e “Férias Divertidas”.
Segundo o presidente, só as “Férias Desportivas” juntavam em verões anteriores “cerca de 600” participantes.
O cancelamento decorre, de acordo com a autarquia, “das rigorosas medidas de segurança e distanciamento social recomendadas pela Direção-Geral da Saúde, neste tempo de pandemia, as quais implicam a adoção de medidas extraordinárias e rigorosas”.
Desta forma, o município de Bragança “pretende salvaguardar o superior interesse da população brigantina em geral e das crianças e jovens em particular, preservando a saúde individual e o bem-estar coletivo, ao mesmo tempo que procura evitar cadeias de contágio da covid-19, no seio da nossa comunidade”.
O concelho de Bragança regista 124 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim diário da Direção-Geral da Saúde.
foto: CMB
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