Esta é uma das principais conclusões do estudo promovido pela EDP sobre o impacto do Plano de Redução de Risco de Incêndio no Baixo Sabor. Medidas implementadas no âmbito da construção do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor permitiram ainda evitar prejuízos florestais de mais de 750 mil euros nos últimos cinco anos e introduzir mais de dois milhões de euros na economia local.
A região do Baixo Sabor reduziu em mais de 90% as áreas afetadas pelos incêndios (92% nas zonas de proteção do património natural e 98% nos habitats prioritários), tendo sido evitados prejuízos causados por incêndios florestais superiores a 750 mil euros nos últimos cinco anos, de acordo com o estudo sobre o impacto do Plano de Redução de Risco de Incêndio no Baixo Sabor, promovido pela EDP, através da EDP Produção.
O estudo destaca igualmente a ausência de grandes incêndios florestais registados após a implementação do plano, em 2014, por comparação aos seis ocorridos entre 2010 e 2014, o que permitiu reduzir as emissões de carbono, cujo valor estaria acima dos 400 mil euros em cinco anos. Do ponto de vista do impacto no património natural, foi possível ainda reativar cerca de 160 hectares de propriedades agrícolas na região e melhorar as acessibilidades.
No que diz respeito ao impacto na economia local, o estudo revela a introdução de mais de dois milhões de euros na economia da região ao dinamizar a atividade agrícola, através da produção olivícola e de amêndoa, mas também ao promover serviços locais, emprego e qualidade de vida, com a criação de 15 novos postos de trabalho e de melhores condições de emprego.
O investimento anual da EDP neste plano equivale a cerca de um dia de combate a incêndios, sendo que por cada euro investido pela empresa, a região recebeu 2,60 euros. Esta abordagem inovadora e pioneira assente na prevenção envolveu a comunidade e parceiros locais, assim como entidades estatais num modelo multistakeholder, contribuindo para o desenvolvimento da região e estimulando a recuperação da agricultura, tornando-se um exemplo de gestão de florestas.
“O território do Baixo Sabor está a ser alvo de um importante investimento em medidas ambientais na sequência da constituição das albufeiras. Neste contexto, o Plano de Redução de Risco de Incêndio representa uma das medidas mais importantes e transversais, uma vez que tem impacto em todas as outras e protege os valores de biodiversidade existentes na região. Os resultados deste estudo comprovam o excelente trabalho da EDP e de um conjunto de parceiros que, através de uma abordagem inovadora e em estreita colaboração com a comunidade local, contribuíram para dinamizar a economia da região e salvaguardar o património natural, reforçando os valores ambientais que defendemos e promovendo uma relação de proximidade nos territórios onde a EDP possui centros de produção de energia,” explicaJoana Oliveira Freitas, Administradora da EDP Produção.
As medidas estratégicas implementadas ao abrigo do plano incluíram a instalação e manutenção de gestão de combustíveis em cerca de 550 hectares; a intervenção em 200 hectares de áreas agrícolas abandonadas; a manutenção de infraestruturas de apoio ao combate a incêndios com beneficiação de caminhos, pontos de inversão de marcha e torres de vigia; e a criação de equipas locais permanentes, de operacionais e de técnicos, com integração de funções desde a prevenção estrutural à supressão.
O Plano de Redução de Risco de Incêndio no Baixo Sabor insere-se num conjunto de medidas compensatórias na sequência da inundação de vários habitats naturais provocada pela construção das albufeiras do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor (AHBS). Para evitar o desaparecimento de habitats prioritários, as ações integradas no plano cobrem cerca de 6500 hectares e centraram-se em seis zonas de proteção do Património Natural com elevado grau de vulnerabilidade a incêndios: Estevais-Larinho; Valverde; Parada; Juncainhos; Soutelo; e Lagoa. A região do Baixo Sabor é classificada como Rede Natura 2000 e de elevado interesse para a biodiversidade a nível europeu.
Para a elaboração do estudo foram recolhidas evidências de impacto em três dimensões: proteção do património natural, redução do risco de incêndio e dinâmica económica das comunidades locais.
O estudo foi promovido pela EDP Produção e desenvolvido pela GiFF – Gestão Integrada e Fomento Florestal, Lda. e pela APLIXAR – Expertise in Applied Research, Lda.
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