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A presidente do município de Bragança, Isabel Ferreira, diz que as críticas que se têm feito, nos últimos dias, à decisão de aumento das tarifas de água no concelho, não passam de populismo.
A autarca recorda que esta é uma deliberação que tem em conta os sucessivos prejuízos acumulados pelos anteriores executivos. “Nós não devemos encarar as coisas como polémica, mas lamento que se faça um discurso populista em vez de um discurso objetivo, técnico e racional. Existe um profundo desequilíbrio financeiro no setor da água na Câmara Municipal de Bragança, que não foi provocado por nós, foi absolutamente herdado.”
Esclarece ainda que este aumento é fundamental para se realizarem investimentos “estruturantes” no sistema de abastecimento de água que, até aqui, não foram feitos. “Nós temos hoje freguesias como Outeiro que tem que estar continuamente camiões de água a fornecer. Isto é porque há falta de investimento e não temos margem para fazer investimento porque temos um prejuízo financeiro com este setor”
A autarca destacou ainda que há entidades reguladoras que emitem pareceres que eram continuamente desvalorizados pelo município. “Estes pareceres agora não são vinculativos, mas vão passar a ser e, portanto, seria irresponsável continuarmos a assumir uma gestão de risco sem fazer uma proposta que proteja as famílias e as empresas locais, porque é um aumento completamente acomodável. Estamos a falar de, uma fatura de 25 euros passar a pagar 25,75 euros. Mas esses 75 cêntimos vão nos permitir, por exemplo, fazer esses investimentos tão importantes”, frisou.
O município anunciou, na semana passada, que as tarifas iam ser aumentadas devido aos prejuízos acumulados por anteriores executivos, que, conforme a presidente, ignoraram as recomendações da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Segundo Isabel Ferreira, o prejuízo ultrapassa os 730 mil euros. A decisão foi criticada pelo PSD e pela Iniciativa Liberal.
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