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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Filandorra diz que o norte está esquecido por causa da falta de apoios da Direcção-Geral das Artes

 A Filandora – Teatro do Nordeste não foi contemplada com a ajuda financeira do Programa de Apoio a Projectos, da Direcção-Geral das Artes, nas áreas da Criação e Edição
O projecto apresentado, “Diabos, Diabritos num saco de Mafarricos/Contos da Tradição Oral Transmontana”, foi elegível mas não vai obter financiamento, já que o dinheiro a distribuir ficou todo na área metropolitana de Lisboa. Segundo os resultados, foram contempladas 110 candidaturas, das 506 apresentadas, embora haja 388 consideradas elegíveis para apoio financeiro.

David Carvalho, director artístico da Filandorra, considera que a situação se trata de falta de respeito e que a região está esquecida. “Neste concurso, que é tardio, o dinheiro, pelos vistos, só chega para os de Lisboa. Só companhias da área metropolitana de Lisboa é que vão receber dinheiro, no patamar que era o nosso, de 40 mil euros. Esta Ministra da Cultura fez o que nem o Estado Novo faria. Conseguiu meter tudo em Lisboa e deixar o interior a zero. Isto é impensável. Nunca esperava que isto viesse a acontecer. Temos que nos revoltar e dizer que Trás-os-Montes também é Portugal”.

A candidatura da Filandorra envolve 19 municípios de cinco distritos de toda a região norte: Bragança, Vila Real, Porto, Guarda e Viseu.

Perante a situação, David Carvalho explica que a companhia vai contactar todos os grupos parlamentares da Assembleia da República e solicitar a intervenção da Secretaria de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira. “A senhora Ministra da Cultura mais parece a Tia Miséria, que fez um contrato com a morte, para ver se ainda se consegue safar e nós pensamos que não. Já muita gente pediu a sua demissão. Lembro que é em Bragança que está a secretaria de Estado para a Valorização do Interior, é um sinal que é preciso valorizar o interior”, disse David Carvalho, que considera que “não é a companhia que vai perder, mas sim os jovens das escolas, os cineteatros, as instituições”.

Em Janeiro deste ano, em reunião, a Filandorra fez sentir, à Ministra da Cultura e ao director geral das Artes, que o modelo de apoio às artes por concurso está falido. Ainda assim, David Carvalho não contava com este desfecho. “Para mim foi uma surpresa total. Várias pessoas ligadas ao partido que está no poder estão também um bocado descontentes e contra a situação. Não percebemos mas temos o direito de protestar e a esperança é a última a morrer. Isto é um insulto ao público de Trás-os-Montes”.

O projecto que a companhia candidatou tem por base a obra de Alexandre Parafita.

A Filandorra avança que, na sexta-feira, em cerimónia pública, vai entronizar a Ministra da Cultura como a “Ti Miséria” da Cultura em Portugal. Nesta data estava prevista, na candidatura, a estreia do projecto, em Vinhais.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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