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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Movimento exorta Governo a não deixar vender barragens antes de 2021

 O Movimento Cultural Terra de Miranda (MCTM) exortou hoje o Governo a não permitir que o negócio da venda das seis barragens situadas em Trás-os-Montes se efetue antes da entrada em vigor da nova lei, foi hoje divulgado.
Em 23 de novembro, o parlamento aprovou uma proposta do PSD de alteração ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) para a criação de um fundo com receitas do trespasse da concessão destas seis barragens transmontanas.

"Estando a lei aprovada, a realização do negócio antes da sua entrada em vigor constituiria uma tentativa de fraude política e legislativa, que poderia frustrar os propósitos de quem a aprovou", indica o MCTM, em comunicado enviado à agência Lusa.

A EDP vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.

As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada.

Segundo o movimento, "a lei consagra para a Terra de Miranda a atribuição de relevantes fundos financeiros, incluindo cerca de 100 milhões de euros e cerca de sete milhões de euros anuais".

O Imposto do Selo sobre o trespasse resultará numa receita que ascende a 110 milhões de euros.

O MCTM solicita ainda a todos os municípios transmontanos beneficiados com esta lei, em especial os de Miranda do Douro e de Mogadouro, a juntarem-se incondicionalmente à causa.

Segundo o MCTM, a dimensão dos fundos que agora estão garantidos mostra bem a dimensão do valor da riqueza que tem sido extraída destes territórios, até à data.

"Na verdade, só juntos conseguiremos servir da melhor forma a população da Terra de Miranda", especifica a mesma nota.

O Ministério do Ambiente e Ação Climática anunciou em 13 de novembro que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) aprovou a venda de barragens da EDP situadas em Miranda do Douro, Bemposta (Mogadouro), Picote (Miranda do Douro), Baixo Sabor (Torre de Moncorvo) e Foz-Tua (Carrazeda de Ansiães / Alijó).

Este movimento, que junta várias associações culturais e personalidades da Terra de Miranda (Mogadouro e Miranda do Douro) exorta, igualmente, todas as instituições da sociedade civil deste território do distrito de Bragança a juntarem-se à causa.

"Nos últimos 60 anos, a Terra de Miranda perdeu metade da população e todos somos muito poucos para garantir que nunca mais a nossa Terra será tratada como o tem sido até aqui", exemplifica aquele MCTM.

O mesmo movimento pretende manifestar à nova concessionária dos aproveitamentos hidroelétricos do Douro Internacional [a francesa Engie] que tem nas populações da Terra de Miranda "um interlocutor que se assume num plano de igualdade com o Estado, a concessionária e os municípios".

"Este interlocutor será sempre construtivo, mas exigente, informado e consciente dos seus direitos, e isso será bom para todas as partes", acrescenta o movimento no mesmo comunicado.

O movimento "exige" também ao Governo a efetiva recuperação ambiental das margens do rio Douro, em especial as pedreiras e escombreiras a céu aberto, que se mantêm, e que este movimento entende serem “atentados ambientais continuados, cujos responsáveis são também os atuais governantes e dirigentes da APA e o Fundo Ambiental que, por obrigação legal expressa, têm o dever de promover essa recuperação”.

"Este Movimento não deixará de exigir responsabilidades nesta matéria", conclui o documento do movimento, aprovado no domingo pelos seus signatários.

Garante ainda à população da Terra de Miranda "que este Movimento de caráter cívico, apartidário e independente, orgulhoso do seu passado e da sua milenar Cultura, continuará o seu trabalho determinado, informado e exigente, ao serviço deste território.

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