A requisição do pedido de prospeção e pesquisa no distrito de Bragança, por cinco anos, é da empresa Índice Crucial Lda, com sede em Vila Nova de Gaia. A área abrangida é denominada Vilariça.
A finalidade destes trabalhos é revelar se existem depósitos ou quantidades e teores que possam vir a ser explorados, de ouro, prata, chumbo, zinco, estanho e tungsténio e outros metais associados.
A eventual exploração vai depender da viabilidade técnica e económica do que possa vir a ser encontrado.
As sessões estão a ser feitas pelo geólogo Marcelo Pereira, da empresa Geologia e Geotecnia Consultores, que presta no momento apoio à empresa requerente. Fazem parte do cumprimento da mais recente atualização da lei que regulamenta este tipo de concessões. Marcelo Pereira explica que pretendem também evitar “alarmismos”. “Servem [as sessões] para apresentar toda a informação sobre o pedido de concessão, de forma mais clara e próxima das populações. E desmistificar qualquer dúvida”, acrescentou à Lusa o geólogo na sessão na junta de freguesia de Macedo de Cavaleiros.
Marcelo Pereira salientou “não há nenhuma ocorrência que tenha características para ser explorada neste momento”. Por isso, existe esta etapa da procura. “É uma área que poderá ter potencial. Muito por causa da estrutura geológica que é a falha da Vilariça. São estruturas que potenciam este tipo de depósitos. E daí o interesse em pesquisar”, esclareceu Marcelo Pereira.
Para desencadear o processo antes desta fase, foi proposto um plano de trabalhos à Direção-Geral de Energia e Geologia. É a responsável por pedir pareceres, por exemplo, aos municípios, à Associação Portuguesa do Ambiente ou ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. “Essas entidades emitem pareceres, neste caso que foram positivos, com condicionantes associadas”, revelou Marcelo Pereira.
Essas condicionantes, elucidou Marcelo Pereira, são “as que se aplicam a qualquer exploração de recursos minerais ou industriais”.
As primeiras sessões, em Peredo e Macedo de Cavaleiros, tiveram participação quase nula. “Este tipo de sessões são recentes neste tipo de processos. E esta atividade [mineira] não é muito divulgada. É normal que não haja muita participação nesta fase. Em fases posteriores certamente o interesse será maior”, afirmou à Lusa Marcelo Pereira.
Nesta fase, enfatizou Marcelo Pereira, no processo de pesquisa precisam de “autorização para entrar nos terrenos com alguns equipamentos” para poderem desenvolver os trabalhos. “Isso vai ser feito proprietário a proprietário, mediante os resultados encontrados”, descreveu Marcelo Pereira.
Em Macedo de Cavaleiros, a área abrange a freguesia da sede de concelho, de Castelãos e Vilar do Monte, Vale da Porca, Grijó, Olmos, Cortiços, Vale Benfeito, Chacim, Bornes e Burga, Lombo e Peredo.
Em Alfândega da Fé, está incluída também a sede de concelho e mais as freguesias de Gebelim e Soeima, Sambade, União de Agrobom, Saldonha e Vale Pereiro, Pombal e Vales, Vilarelhos e União de Eucísia, Gouveia e Valverde.
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