“Outrora, a relação com a língua portuguesa constituía, por vezes, na história da emigração portuguesa, algo que os portugueses e os lusodescendentes procuravam esconder, temendo que a sua associação a Portugal os prejudicasse na sua integração nos países de acolhimento ou na aprendizagem da língua desses países. Felizmente, essa não é hoje a realidade que conhecemos”, afirmou Berta Nunes, para vincar “a dimensão” atual do ensino do português no estrangeiro.
Apontando a língua como “uma das ligações mais importantes da diáspora com Portugal”, a secretária de Estado enfatizou o facto de o português já ser falado por 260 milhões de pessoas, número que ainda este século poderá atingir os 500 milhões.
Também através uma mensagem vídeo, o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Francisco Ribeiro Telles, sublinhou a importância da contínua difusão do português além das fronteiras da organização.
Como prioridades, Ribeiro Telles elencou o ensino do português como língua estrangeira, a integração do português nos curricula oficiais de outros países e a adoção do português como língua oficial e de trabalho em cada vez mais organizações internacionais, especialmente no âmbito das Nações Unidas.
“São objetivos de concretização gradual e exigente, que obrigam a consideráveis esforços conjuntos, desde logo diplomáticos e financeiros”, admitiu.
Em 2019, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) proclamou 05 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa.
O português é falado por mais de 260 milhões de pessoas em cinco continentes e, segundo estimativas das Nações Unidas, esse número irá crescer para quase 400 milhões em 2050 e para mais de 500 milhões em 2100.
Atualmente, o português é a quinta língua mais falada no planeta e a primeira no hemisfério sul, sendo ainda a terceira língua europeia mais usada a nível global.
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