“Nós estamos a trabalhar para encontrar uma solução para viabilizar a linha do Tua e é esse o trabalho que nós faremos com muito afinco”, afirmou o ministro, que falava aos jornalistas em Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança, à margem de uma cerimónia sobre a Linha do Douro.
De Mirandela até ao Tua está previsto o regresso do comboio do anunciado e adiado plano de mobilidade prometido como contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua.
A barragem já está a produzir energia há vários anos, mas a incerteza continua em relação ao regresso do comboio.
A parte turística do plano de mobilidade foi concessionada ao empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, onde estão incluídas viagens de barco e comboio. A EDP deu 10 milhões de euros ao empresário para investir no Vale do Tua.
A área de influência da albufeira da barragem abrange os concelhos de Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor.
“Nós sobre a Linha do Tua temos que encontrar, e vamos ter a cooperação dos municípios e do ministério da Coesão Territorial, um novo modelo para podermos olhar para a Linha do Tua e ver como é que nós a podemos rentabilizar e operar, essa é a nossa intenção”, acrescentou Pedro Nuno Santos.
Perante a pergunta dos jornalistas os atrasos na concretização do plano de mobilidade do Tua, o ministro respondeu: “a diferença é que o ministro das Infraestruturas sou eu, a ministra da Coesão é a Ana Abrunhosa e nós só sabemos fazer, não sabemos ficar a assistir”.
“Nós vamos tentar encontrar uma solução para o Tua e é isso que nós podemos dizer nesta fase. Se nós quisermos que as pessoas acreditem em nós, nós temos que ser verdadeiros. Há ali uma questão que tem que ser resolvida, sobre a qual nós temos que trabalhar, e nós vamos trabalhar sobre ela”, frisou.
Conjuntamente com a ministra Ana Abrunhosa, Pedro Nuno Santos assistiu, em Freixo de Espada à Cinta, à apresentação de estudos de viabilidade económica técnica e ambiental da reabertura do troço de 18 quilómetros entre o Pocinho e Barca d’Alva, na Linha do Douro.
No final, o ministro anunciou que, no primeiro trimestre de 2023, será lançado o concurso público para a elaboração do estudo prévio e o projeto de reativação da Linha do Douro até à fronteira espanhola.
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