A 10ª edição do projecto Floresta Comum disponibiliza, de 27 de Julho a 30 de Setembro, 155.270 árvores autóctones para reflorestar terrenos públicos e baldios de Norte a Sul do país.
As árvores do Floresta Comum são produzidas nos quatro viveiros do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF): em Veiguinhas (Amarante), Malcata (Sabugal), Valverde (Alcácer do Sal) e Monte Gordo. Todos trabalham com sementes exclusivamente portuguesas de espécies como carvalhos, medronheiros, azinheiras ou sobreiros.
Para a 10ª edição do programa vão estar disponíveis 155.270 plantas de 42 espécies nativas de Portugal – como carvalhos, medronheiros, castanheiros ou sobreiros -, através da Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones, segundo um comunicado divulgado hoje.
Esta iniciativa é dirigida a entidades com responsabilidade de gestão de terrenos públicos ou comunitários (baldios), desde Câmaras Municipais a Juntas de Freguesia. O período de candidaturas para aceder a estas plantas vai de 27 de Julho a 30 de Setembro.
Fruto da edição anterior foram distribuídas 118.738 plantas, que foram colocadas no terreno entre Novembro de 2019 e Março de 2020.
O Floresta Comum – parceria entre a Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza), o ICNF, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – já disponibilizou 1.088.985 plantas de 60 espécies autóctones desde que começou, em 2010.
Esta parceria surgiu com o objectivo de incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade e de produção de bens e serviços de ecossistema. É parcialmente financiado pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e conta com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais.
“Em comparação com as espécies introduzidas (exóticas), esta floresta está mais adaptada às condições climáticas locais, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa”, segundo o comunicado dos responsáveis do projecto. “Contribui ainda para a mitigação das alterações climáticas e é mais resiliente a essas mesmas alterações, bem como aos incêndios florestais.”
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