sábado, 9 de janeiro de 2021

16 de abril de 1982 - Sérgio Godinho no Cine Teatro Torralta.

Eu e a Maria Eugénia, Tínhamos casado havia 6 dias.
Como o avião que nos levaria para os mundos que se veem nos filmes das televisões... avariou, (pelo que me disseram furaram-lhe os pneus) ficámos por cá. Ainda bem que não tínhamos pago nenhum adiantamento.
Ora, com um namoro de 5 anos fazer uma lua de mel à rico sem um tostão ou era hipocrisia ou chulice,
A, já, minha esposa, fazia 25 anos no dia seguinte.
Passámos lá a meia noite. O Sérgio até lhe dedicou "uma cantiga" com a torralta cheia, como sempre estava.
Quem me dera ainda hoje que as linhas que escrevi no álbum que serviu de prenda e autografado pelo Sérgio Godinho... funcionasse para todas as gerações.
Em cada dia que passa funcionamos mais como máquinas programadas.
Para que nos serve a imaginação, a criatividade a emoção se somos apenas MÁQUINAS PROGRAMADAS?
Uns mandam, outros obedecem.
Que merda de sociedade é esta?
Ainda vamos a tempo de reverter erros e velhas práticas.
O presente, pouco ou nada me incomoda, já pouco como.
Preocupa-me, sobremaneira, o futuro dos meus filhos, dos meus netos, dos filhos dos meus amigos, dos netos dos meus amigos, dos que INSISTEM/RESISTEM em ficar por Bragança.
PORRA!
Somos tão poucos...
Unidos podemos SER FORTES!
Posso estar a ver mal, muito mal (bebi uma cerveja) mas os partidos políticos só nos têm diminuído.
O que falta fazer? O que tem sido mal feito?
Uma cidade como Bragança, tem que ter vozes críticas e ativas. Palas são para os Burros (asininos).
Uma cidade como Bragança, tem a suprema vantagem de ter amigos em todas as estruturas. Bragança, se pensar bem, tem capacidade de unir toda a gente em objetivos comuns e mandar LIXAR lisabon.
Sabeis o que falta para conseguir esse desiderato?
Eu digo:
1 - Ser eleito não é um tacho. É uma missão.
2 - Ficar em segundo, não é uma derrota. É sinal que ou a mensagem não passou ou não tivemos capacidade de a fazer passar.
E se... os primeiros e os segundos se unissem?
E se não abanássemos mais bandeirinhas coloridas?
E se não os quiséssemos cá a fazer campanhas?
E se, ao chegar a altura, lhes dissemos que não faziam aqui falta nenhuma? Que não precisávamos deles.
E se tivéssemos tomates, quando chegasse a hora, para lhes dizer que NÃO PRECISAMOS DE INSTRUÇÕES E MUITO MENOS DE ORDENS!
O que não falta por aqui é gente boa que nos possa governar sem estar de joelhos perante uns rapazolas que nem fado sabem cantar.
Olhai. Por mim, juntava a rapaziada que vale alguma coisa de todos os partidos (a malta de cá) e fazia uma lista que ganhava com 100% dos votos em todas as eleições.
E mais digo. Até temos aqui GENTE que desempenharia com galhardia o "papel" de Presidente da República Portuguesa.
Os de fora, só nos têm diminuído.

Desculpai. São asneiras e efeitos da tal cerveja.

Um abraço.

HM

1 comentário:

  1. Amigo Henrique,
    Não... não são asneiras ...
    Poucas vezes a expressão latina "In vino veritas" fará tanto sentido.
    Muitos de nós sabemos bem o quanto tens razão. Faltará, talvez, ainda um pouco de coragem a uns quantos bragançanos de gema, que deambulam um pouco pelos diversos partidos políticos democráticos para porem de lado as (raras) diferenças ideológicas e vençam essa resistência unindo-se numa espécie de "Frente Comum a Bem de Bragança" .
    Por isso te digo, meu amigo, comtinua a insistir, tu e todas as outros bragançanos de boa vontade e, é bem provável que essa pequena resistência possa ser vencida e possamos ainda ver esse sonho realizado.
    Bragança sempre.
    F.P.

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