Manuel Vieira é proprietário de uma pastelaria e, nesta altura, a grande procura recai sobre os doces típicos do Natal e, segundo conta, tem aumentado:
“Este ano correu muito bem, melhor até do que o ano passado.
As pessoas têm vindo a preferir comprar os doces típicos do Natal do que comprá-los, até porque é melhor, dá menos trabalho em casa.
Para a passagem de ano a afluência não costuma ser tanta mas ainda é bastante.
A vinda dos emigrantes nesta altura ajuda muito.”
Quem também está contente com o negócio que fez este Natal é Carla Borges, proprietária de uma loja de calçado e acessórios. O que não vem a calhar é a proibição de entrar em saldos antes do dia nove de janeiro:
“Este ano correu bem, o balanço foi positivo e superamos as vendas em relação ao ano passado, tanto na loja física como online.
Tivemos bastante procura para as prendinhas de última hora também.
As pessoas preferem dar um miminho de presente, não muito caro, como por exemplo brincos, pulseiras, malas e porta-moedas.
As pessoas já estão um pouco mais otimistas em relação ao ano passado, daí ter havido mais gente também a fazer compras.
Os saldos estão proibidos até ao dia nove de janeiro, o que prejudica, mas as pessoas vão comprando pela internet. “
Já no que toca aos produtos de beleza e cosmética, as vendas parecem ter sido semelhantes às do ano passado. Assim foi pelo menos na loja em que trabalha Carina Lopes:
“Correram mais ou menos, já não estávamos à espera de um ano muito movimentado, dadas as restrições, já sabíamos que as pessoas iriam ficar mais comedidas, mas dentro do possível foi razoável. Foi muito equiparado ao Natal do ano anterior.
Os artigos que vendemos são uns dos escolhidos para prendas de Natal, de forma mais simbólica, como uma oferta que às vezes até vai complementar outra coisa.
A vinda dos emigrantes é uma ajuda para todo o comércio em geral.”
Onde o negócio parece não ter corrido tão bem como no ano passado foi no estabelecimento de Artur Rodrigues, que vende eletrodomésticos e fala de uma quebra em relação ao Natal anterior:
“Esteve um pouco mais fraco em relação ao ano passado. Apesar de termos estado confinados, têm sido uns anos mais ou menos bons na área dos eletrodomésticos.
Este ano o dezembro foi bastante mais fraco, as pessoas não compraram tanto estes artigos, apesar de se ver imensa gente na área da restauração, na nossa esteve bastante mais fraco.
Terá a ver com o facto de o ano passado ter sido bastante bom, a compra de eletrodomésticos é para alguns anos e no concelho também há cada vez menos gente.
Cada vez menos são dados eletrodomésticos como presente porque as donas de casa não gostam de os receber como prenda de Natal.”
Testemunhos de alguns comerciantes da cidade de Macedo de Cavaleiros sobre o fluxo de vendas este Natal.
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