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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Vimioso defende maior aposta do Governo na educação para fixar pessoas no interior

 O presidente da câmara de Vimioso defendeu hoje que o Governo tem de apostar mais na educação para ajudar a fixar pessoas em concelhos de baixa densidade e prolongar os níveis de ensino até ao 12º ano.
Em declarações à Lusa, Jorge Fidalgo disse que quando o Estado Central não garante um serviço elementar e básico como é o da escolaridade obrigatória, torna-se muito mais difícil fixar população no concelho.

“Quando os pais olham numa perspetiva de futuro para ensino dos seus filhos percebem que a partir do 9º ano, no concelho deles, não é possível frequentar o ensino secundário até ao 12º ano, a escolaridade obrigatória”, vincou o autarca social-democrata.

“Os jovens na casa dos 15 anos começam a sair do concelho para estudar e por vezes não regressam porque criam raízes noutros locais, o que contribuiu para o despovoamento de concelhos como Vimioso”, observou.

Para Jorge Fidalgo, é necessária uma inversão de políticas ao nível de Estado Central, até porque Vimioso tem feito alguns esforços nesse sentido tais como o pagamento da creche para alunos desta faixa etária.

“Terá de haver medidas diferenciadoras no setor da educação a par da criação de empregos para concelhos com o nosso, se não for desta forma é muito difícil fixar as pessoas e aumentar a natalidade”, frisou o autarca de Vimioso, no distrito de Bragança.

Durante o ano de 2021, o concelho de Vimioso registou apenas 17 nascimentos, o número mais baixo dos últimos 19 anos.

O município de Vimioso foi “pioneiro” no país ao implementar em 2002 medidas de apoio à natalidade, com um prémio inicial de 500 euros, valor que foi duplicado em 2005 para ajudar a combater o despovoamento do território do Planalto Mirandês.

“A média anual de nascimentos nos últimos 19 anos situa-se nos 20 a 25 nascimentos por ano. Este ano foi aquele em que o número de nascimentos foi mais baixo”, disse Jorge Fidalgo.

Para tentar contrariar esta tendência, o município vai pagar já a partir no início do próximo ano, através de um protocolo estabelecido com Misericórdia local, a totalidade da mensalidade da creche para as crianças do concelho.

“Apesar de tudo isto, o Estado terá de olhar para os serviços públicos de outra maneira, para que as pessoas possam ter perspetivas de futuro. É quase inconcebível que um concelho não possa oferecer aos seus alunos a escolaridade obrigatória. O facto de não haver ensino secundário em Vimioso tem levado muita gente jovem para fora deste concelho”, indicou o autarca transmontano.

Por outro lado, o município de Vimioso vai suportar encargos com 25 crianças em idade de creche independente da condição económica dos pais, o que perfaz um investimento superior a 10 mil euros por mês.

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