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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 18 de dezembro de 2021

Anacom: Parte da população de Bragança só tem rede móvel espanhola

 Parte da população do concelho de Bragança só tem acesso à rede móvel espanhola e há duas aldeias onde, com o telemóvel, nem o 112 é possível chamar, segundo um estudo divulgado hoje pela entidade reguladora portuguesa.
A Anacom, Entidade Nacional de Comunicações, testou a qualidade das redes móveis do concelho, entre os dias 08 e 17 de novembro, e apresentou hoje, em Bragança, os resultados, concluindo que alguns locais, nomeadamente o centro da cidade, “estão muito bem em termos de comunicações móveis”.

Já no meio rural, a situação é diferente, nomeadamente junto à fronteira, onde “em muitas zonas” as populações só conseguem ter acesso a chamadas e Internet móveis através da rede espanhola, permitido pelo chamado roaming internacional, que atualmente não acarreta custos acrescidos para o consumidor.

O estudo da Anacom detetou, contudo, duas aldeias, Guadramil e Petisqueira, onde “não existe disponibilidade de cobertura de rede móvel, nem de operadores nacionais portugueses, nem através de roaming” internacional.

Nestas localidades, não é possível sequer chamar o 112 porque não há qualquer sinal e noutras, mesmo com sinal de rede, não é possível estabelecer ligação ou esta vai abaixo devido à fraca qualidade.

Este é o oitavo estudo, quatro dos quais em concelhos do distrito de Bragança, que a Anacom faz a pedido dos municípios, e em todos as realidades são parecidas, nomeadamente nas zonas junto à fronteira com Espanha, segundo o presidente da Anacom, João Cadete de Matos.

O município de Bragança tem vindo a alertar o Governo para estas situações, mas, segundo o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, o problema está ao nível das operadoras que nem com benefícios se disponibilizam a encontrar soluções por não verem lucro entre poucos habitantes.

O autarca explicou que a câmara, em parceria com as juntas de freguesia, tem tentado negociar diretamente com as operadoras, disponibilizando-se a isentar “até do pagamento das taxas de instalação das antenas para conseguirem servir as áreas rurais”.

“Mesmo assim, não têm resolvido os problemas. É muito difícil que as operadoras venham fazer esse trabalho nos meios rurais porque provavelmente não lhes compensa sob o ponto de vista financeiro o investimento que têm que fazer, logo, não fazem esse trabalho e daí o prejuízo que temos hoje nas nossas comunidades rurais”, afirmou.

Mas não é apenas no meio rural que há dificuldades, também na zona industrial de Moz há empresas que trabalham que precisam de rede móvel e, segundo o autarca, uma em concreto equacionou sair do local por dificuldades com o serviço.

A Câmara de Bragança disponibilizou a uma operadora um espaço para a instalação de uma antena e o problema resolveu-se.

Para o presidente da Anacom, muitos destes problemas resolviam-se com o roaming nacional, a partilha de antenas entre operadoras, que espera que venha a acontecer num futuro breve.

João Cadete de Matos lembrou que o leilão da rede 5G impôs às operadoras que têm que garantir cobertura de rede móvel a 75% da população de cada freguesia, em todo o país, em dois anos, e a 90% da população, em quatro anos.

Acredita também que a entrada de novas operadoras vai “ajudar muito”, porque as novas operadoras vão ter acordos de roaming nacional, estar vocacionadas para captar novos clientes e “cria-se uma dinâmica de concorrência”, que passa de três para seis operadores.

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