Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
Perdida e confusa, com dor na alma, um rasgo no coração, olho as estrelas no céu pardo e cinzento e avanço.
Esta noite, caminho descalça, enjoada e combalida, jorrando o vómito da maldição.
Esta noite, apenas esta noite, vou caminhar na chuva para lavar o veneno, beber álcool do esquecimento para anestesiar a dor e o sofrimento.
Esta noite, sou pássaro sem dono, cama sem sono, criança sem colo, gente sem consolo.
Esta noite não sou nada, não quero nada, não vou a lugar nenhum. Fico apenas aqui, olhando o céu pardo e cinzento, sentindo as lágrimas baterem-me no rosto. Oiço um leve gemer que não sei se vem de dentro das minhas entranhas, ou se é apenas o vento que zomba de mim.
Esta noite, caminho descalça, enjoada e combalida, jorrando o vómito da maldição.
Esta noite, apenas esta noite, vou caminhar na chuva para lavar o veneno, beber álcool do esquecimento para anestesiar a dor e o sofrimento.
Esta noite, sou pássaro sem dono, cama sem sono, criança sem colo, gente sem consolo.
Esta noite não sou nada, não quero nada, não vou a lugar nenhum. Fico apenas aqui, olhando o céu pardo e cinzento, sentindo as lágrimas baterem-me no rosto. Oiço um leve gemer que não sei se vem de dentro das minhas entranhas, ou se é apenas o vento que zomba de mim.
Sem comentários:
Enviar um comentário