Esta quadra deveria ser de alívio e os empresários, normalmente, conseguiam faturar acima da média por esta altura. No ano passado os jantares de Natal de empresas e amigos não se fizeram e, contra todas as expectativas, este ano estão a ser desmarcados.
Vítor Cordeiro, proprietário do restaurante Emiclau, em Bragança, conta que os jantares de grandes grupos foram todos por água abaixo e que se mantiveram alguns de pequenos grupos.
“Este ano está péssimo, porque o pouco que havia acabou. Os grupos grandes, para cima de 10 ou 15 pessoas, desistiram todos. Só ficam os grupos pequenos de quatro ou cinco pessoas”, afirmou.
Andreia Sendas é proprietária do Restaurador. Por aqui o cenário é igual. A empresária diz que pensava que este ano se voltasse à normalidade mas a situação não correu como o esperado. Há algumas marcações mas os grupos são de poucas pessoas.
“As expectativas eram grandes este ano, mas com o aumento dos casos a procura diminuiu. Temos algumas marcações, mas em grupos limitados. Aqueles grupos grandes que começaram no fim de Novembro a falar dos jantares, de momento ficou tudo parado”, disse.
Tiago Preto Alves é proprietário e fundador do Iguarias da Veiga. O restaurante, criado em 2017, situa-se em Alfaião, no concelho de Bragança, e vive a mesma situação que quase todos os outros estabelecimentos. O empresário diz compreender que as pessoas estejam assustadas mas lamenta que não se fature metade do dinheiro que se esperava encaixar nesta altura.
“O facto de ser obrigatório ‘qualquer coisa’ é sempre impeditivo. Esperava que as coisas fossem muito melhor. Neste mês pode representar perder quase 50% da faturação”, lamentou.
Um pouco pela cidade fora são vários os restaurantes que se queixam dos cancelamentos de jantares de Natal. À semelhança do ano passado, as celebrações da quadra estão mais tímidas, continuando a deixar a restauração à espera de melhores dias.
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