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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 30 de janeiro de 2022

Exposição “Apontar o dedo ao lobo" na Casa da Cultura de Vimioso

 A exposição “Apontar o dedo ao lobo”, composta por desenhos de Agostinho Santos e Valter Hugo Mãe, estará na Casa da Cultura de Vimioso, distrito de Bragança, a partir de quarta-feira, até 22 de março, divulgou a autarquia.


“A mostra, constituída por cerca de 25 desenhos a grafite e tinta-da-China sobre papel foi concebida propositadamente para este município e pretende realçar e reconhecer a presença do lobo [ibérico] nesta região transmontana, e dar a conhecer esta espécie”, disse à agência Lusa a vereadora da Cultura do Município de Vimioso, Carina Lopes.

Todos os trabalhos que compõem a exposição “Apontar o dedo ao lobo” foram executados recentemente, pelos dois artistas - Agostinho Santos e o premiado escritor Valter Hugo Mãe -, e marca o início de um projeto de desenho a quatro mãos que pretende demonstrar as várias fases de vida do lobo ibérico.

Carina Lopes recorda que o lobo é motivo de muitas lendas e mesmo fonte de medo, mas o que a mostra pretende sublinhar, para lá da presença no imaginário coletivo, é a importância da preservação desta espécie protegida, sendo atualmente o único membro que resta da família dos grandes predadores de Portugal.

 “É com orgulho que Vimioso recebe os artistas plásticos Agostinho Santos e Valter Hugo Mãe, este último também conhecido e reconhecido escritor, sobre esta temática do lobo que é uma espécie ameaçada e sobre a qual existem várias lendas”, disse.

Ainda de acordo com a autarca, as obras agora expostas foram construídas segundo "as mais diferentes técnicas, e os múltiplos olhares aqui apresentados permitem afirmar que a pandemia não foi um momento de apatia, mas sim de criatividade e de superação”.

O município de Vimioso está também a elaborar um percurso interpretativo na aldeia de Vale de Frades, sobre o lobo ibérico, que está “ameaçado de extinção”, e que pretende alertar para os perigos que esta espécie corre.

“Por este motivo, esta exposição foi preparada de propósito para o concelho de Vimioso, e faz todo o sentido quando temos uma candidatura para um centro interpretativo do lobo ibérico. Faz todo o sentido a mostra estar patente neste território”, explicou Carina Lopes.

A vereadora realçou que é importante receber em Vimioso artistas de renome como Agostinho Santos e Valter Hugo Mãe.

Pintor e curador, diretor da Bienal Bienal Internacional de Arte de Gaia, mestre pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, doutorado em Museologia, Agostinho Santos assina a ilustração das capas dos mais recentes livros de Valter Hugo Mãe, nomeadamente “Contra Mim” e “As doenças do Brasil”.

Valter Hugo Mãe é um dos mais destacados autores portugueses da atualidade, com residência em Vila do Conde. A sua obra está traduzida em espanhol, catalão, francês, alemão, entre outras línguas, "merecendo um prestigiado acolhimento em vários países, como o Brasil, Alemanha, Espanha, França e Croácia", como destaca a Porto Editora, que o publica.

A sua obra inclui oito romances, entre os quais "Contra mim", Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, "A máquina de fazer espanhóis", Prémio Oceanos de literatura em língua portuguesa, e "O remorso de Baltazar Serapião", Prémio Literário José Saramago.

O seu mais recente livro, "As doenças do Brasil", publicado em 2021, marca os seus 25 anos de edição e 50 de vida.

A par da escrita, Valter Hugo Mãe mantém ligação às artes visuais, quer como curador, quer como criador, reconhecendo, como já o fez em várias entrevistas, que desenhar é algo que lhe "liberta o pensamento", podendo abrir assim "caminho para a literatura".

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