Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Festa do Velho em Mogadouro | Festividades no Natal


Festa do Velho

Na zona de Mogadouro, Trás-os-Montes, realiza-se a Festa do Velho, Caramono ou Chocalheiro. Uma actividade que tem o seu início no dia 24 de Dezembro, com as pessoas a concentrarem-se à meia-noite junto da grande fogueira de Natal, que se acende no largo da aldeia.

Antes de se acender o lume, dois rapazes («velho» e «mordomo») percorrem a aldeia para “pedir o cepo” para “a fogueira do menino”. Actualmente, com os novos meios de transportes, este «peditório» realiza-se de tractor.

Na aldeia de Vale de Porco, zona de Mogadouro, esta tradição ainda é vivida.

Mas ao longo da noite sagrada e no dia seguinte “não há música de gaiteiros, nem cantigas, nem bailaricos, apenas a alegria do povo, espontânea, amiga e fraterna” como refere o livro Festas e Tradições Portuguesas.

O «velho», uma figura ritual, medonha e assustadora, é desempenhado por um dos dois mordomos da festa que na manhã do dia 25 de Dezembro, juntamente com o outro mordomo, faz um peditório para o Deus Menino. No dia de Ano Novo, 1 de Janeiro, os papéis invertem-se e o peditório destina-se a Nossa Senhora da Conceição. Tanto no Natal como no dia de Ano Novo, as ofertas são leiloadas no adro da Igreja.

Tradição também de outras aldeias vizinhas

Os adereços desta figura emblemática raramente passam de ano para ano.

O fato é feito à base de serapilheira, com carapuça, cinto de couro munido de chocalhos, para anunciar a sua presença aos habitantes da aldeia. Esta indumentária completa-se com uma «caramona» talhada em madeira, com dois chifres na testa e uma serpente esculpida que lhe sai da boca.

Esta tradição realiza-se também noutras aldeias vizinhas da região com pequenas particularidades.

Os “caretos”, “máscaras”, “carochos” ou “chocalheiros” (designações que variam de localidade para localidade) tornam-se seres superiores, mágicos ou proféticos, gozando de uma liberdade quase sem limites, com a faculdade de «castigar» ou criticar.

Críticas públicas aos males sociais, expurgam a comunidade, purificam-na e preparam-na para o novo ano que se aproxima. Danças, gritos e chocalhadas e críticas sociais institucionalizadas são ritos que o mascarado executa no desempenho das suas funções.

Fonte do texto: página já desativada | Imagem

Sem comentários:

Enviar um comentário