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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

OLHOS VÃOS

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

Rejeito os olhos vãos, de olhares pagãos, rejeito a mentira a falsidade, que arde em línguas perversas e espalha a podridão a sujidade, os dejectos e cinzas no chão de vidas inocentes!
Rejeito as mentes poluídas, que castram os sonhos, cortam as asas e impedem o voo de seguir mais além. Rejeito os dias inúteis, os choros em vão, os cansaços e tédios, as raivas, invejas, infâmias que matam ou causam difamação.
Rejeito as primaveras sem flores, os corações sem amores, o céu sem estrelas, a noite sem luar, rejeito tudo e todos aqueles que nunca aprenderam o verdadeiro significado da palavra amar.
Rejeito os que tentam encantar com o seu desencanto, armados em santos e santas, cantando hinos Gregorianos, escarnecendo com vozes esganiçadas corações partidos e vidas destroçadas.
Esta angústia que em mim vive permanente, vai rejeitar ontem hoje e sempre os olhos vãos de olhares pagãos, que fazem da vida alheia uma eterna perseguição.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

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