Por: Maria dos Reis Gomes
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)
Se experimentarmos, verificamos que a articulação de cada um dos fonemas que constitui o alfabeto exige uma colocação do aparelho fonador muito específica. Pronunciar os fonemas (p, b, m) não pede esforço, são labiais. Aparecem nas primeiras palavras articuladas pelos bebés - (mama, papa, mimi…). Também, por isso, são os primeiros fonemas/grafemas que surgem nos manuais do 1º ano de escolaridade. São de fácil emissão. Seguem-se as labiodentais (f, v) e linguodentais (t, d). O (r) surge mais tarde e a sua vocalização depende da localização em palavras como (…rato…caro…carro).
A pronúncia do “r”, na primeira e terceira posição era uma catástrofe para mim… Surgia como algo atabalhoado … a evitar. Graças à ressonância da lengalenga “o rato, roeu, a rolha, da garrafa….”, que a minha prima Rita me obrigava a dizer até à exaustão, ultrapassei a dificuldade, antes do início da escola primária…
Ficou-me a lembrança da repetição de um “fonema”, tão presente, até no meu nome. A compreensão destas idiossincrasias chegou, mais tarde, quando estudei sobre o assunto e aprendi que para além das lengalengas, há outras atividades e estratégias para corrigir este e outros “defeitos” de pronúncia.
Focalizando-me, de novo, no título que escolhi para esta divagação – O Princípio dos “ 3 Rs “ e outras Trindades importa relembrar o significado do princípio que nos remete para a preocupação de cuidar do nosso planeta. Reduzir, Reutilizar e Reciclar são ações conscientes e os primeiros passos para termos um meio ambiente mais preservado deixando assim um mundo melhor para os nossos descendentes.
Seguindo ainda esta trindade dos “3 Rs” e provavelmente imbuída do espírito de reflexão e renovação que um ano a iniciar nos sugere, ocorreram-me três verbos simbólicos, outra trindade - Revisitar, Relativizar e Reorganizar.
Revisitar aponta para um retorno às experiências vividas e um rememorar de situações. Implica, também e necessariamente considerar momentos bons ou menos bons - rever o que nos faz felizes e olhar as diferentes experiências como lições de vida. O segundo verbo que escolhi - Relativizar - ação que nos obriga olhar sob um ponto de vista da verdade não absoluta. É descomplicar. É simplificar sem desleixar. Duas ações que apontam para uma outra – Reorganizar que nos remete para refazer, reformar ou até reestruturar a nossa forma de estar.
Tenhamos assim a coragem de reciclar estereótipos, reduzir estados de alma tóxicos e reutilizar fórmulas que nos fizeram felizes.
A pronúncia do “r”, na primeira e terceira posição era uma catástrofe para mim… Surgia como algo atabalhoado … a evitar. Graças à ressonância da lengalenga “o rato, roeu, a rolha, da garrafa….”, que a minha prima Rita me obrigava a dizer até à exaustão, ultrapassei a dificuldade, antes do início da escola primária…
Ficou-me a lembrança da repetição de um “fonema”, tão presente, até no meu nome. A compreensão destas idiossincrasias chegou, mais tarde, quando estudei sobre o assunto e aprendi que para além das lengalengas, há outras atividades e estratégias para corrigir este e outros “defeitos” de pronúncia.
Focalizando-me, de novo, no título que escolhi para esta divagação – O Princípio dos “ 3 Rs “ e outras Trindades importa relembrar o significado do princípio que nos remete para a preocupação de cuidar do nosso planeta. Reduzir, Reutilizar e Reciclar são ações conscientes e os primeiros passos para termos um meio ambiente mais preservado deixando assim um mundo melhor para os nossos descendentes.
Seguindo ainda esta trindade dos “3 Rs” e provavelmente imbuída do espírito de reflexão e renovação que um ano a iniciar nos sugere, ocorreram-me três verbos simbólicos, outra trindade - Revisitar, Relativizar e Reorganizar.
Revisitar aponta para um retorno às experiências vividas e um rememorar de situações. Implica, também e necessariamente considerar momentos bons ou menos bons - rever o que nos faz felizes e olhar as diferentes experiências como lições de vida. O segundo verbo que escolhi - Relativizar - ação que nos obriga olhar sob um ponto de vista da verdade não absoluta. É descomplicar. É simplificar sem desleixar. Duas ações que apontam para uma outra – Reorganizar que nos remete para refazer, reformar ou até reestruturar a nossa forma de estar.
Tenhamos assim a coragem de reciclar estereótipos, reduzir estados de alma tóxicos e reutilizar fórmulas que nos fizeram felizes.
Maria dos Reis Gomes
2 de Janeiro de 2022
Maria dos Reis Gomes, nascida e criada em Bragança. Estudou na Escola do Magistério em Bragança, no Instituto António Aurélio da Costa Ferreira em Lisboa e na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação no Porto, onde reside.
Sempre focada no ensino e na aprendizagem de crianças com NEE (Necessidades Educativas Específicas) deu aulas no CEE (Centro de Educação Especial em Bragança). Já no Porto integrou o Departamento de Educação Especial da DREN trabalhando numa perspetiva de “ escola para todos, com todos na escola). Deu aulas na ESE Jean Piaget e ESE Paula Frassinetti. No Porto. A escola, a educação e a qualidade destas realidades, são os mundos que me fazem gravitar.
Acredito que, tal como afirmou Epicteto “ Só a educação liberta”. Os meus escritos procuram reflectir esta ideia filosófica.
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