Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

O Princípio dos “ 3 Rs…” e outras Trindades

Por: Maria dos Reis Gomes
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)

Gosto da letra R apesar da “má memória” pois, foi o fonema que mais me fez penar, quando me apropriei da linguagem. A pronúncia do “R“ não surgia com a colocação correta que o ouvido exigia.
Se experimentarmos, verificamos que a articulação de cada um dos fonemas que constitui o alfabeto exige uma colocação do aparelho fonador muito específica. Pronunciar os fonemas (p, b, m) não pede esforço, são labiais. Aparecem nas primeiras palavras articuladas pelos bebés - (mama, papa, mimi…). Também, por isso, são os primeiros fonemas/grafemas que surgem nos manuais do 1º ano de escolaridade. São de fácil emissão. Seguem-se as labiodentais (f, v) e linguodentais (t, d). O (r) surge mais tarde e a sua vocalização depende da localização em palavras como (…rato…caro…carro).
A pronúncia do “r”, na primeira e terceira posição era uma catástrofe para mim… Surgia como algo atabalhoado … a evitar. Graças à ressonância da lengalenga “o rato, roeu, a rolha, da garrafa….”, que a minha prima Rita  me obrigava a dizer até à exaustão, ultrapassei a dificuldade, antes do início da escola primária… 
Ficou-me a lembrança da repetição de um “fonema”, tão presente, até no meu nome. A compreensão destas idiossincrasias chegou, mais tarde, quando estudei sobre o assunto e aprendi que para além das lengalengas, há outras atividades e estratégias para corrigir este e outros “defeitos” de pronúncia.
Focalizando-me, de novo, no título que escolhi para esta divagação – O Princípio dos “ 3 Rs “  e outras Trindades  importa relembrar o significado do princípio que nos remete para a preocupação de cuidar do nosso planeta. Reduzir, Reutilizar e Reciclar são ações conscientes e os primeiros passos para termos um meio ambiente mais preservado deixando assim um mundo melhor para os nossos descendentes.
Seguindo ainda esta trindade dos “3 Rs” e provavelmente imbuída do espírito de reflexão e renovação que um ano a iniciar nos sugere, ocorreram-me três verbos simbólicos, outra trindade -  Revisitar, Relativizar e Reorganizar.
Revisitar aponta para um retorno às experiências vividas e um rememorar de situações. Implica, também e necessariamente considerar momentos bons ou menos bons - rever o que nos faz felizes e olhar as diferentes experiências como lições de vida. O segundo verbo que escolhi - Relativizar - ação que nos obriga olhar sob um ponto de vista da verdade não absoluta. É descomplicar. É simplificar sem desleixar. Duas ações que apontam para uma outra – Reorganizar que nos remete para refazer, reformar ou até reestruturar a nossa forma de estar.
Tenhamos assim a coragem de reciclar estereótipos, reduzir estados de alma tóxicos e reutilizar fórmulas que nos fizeram felizes.

Maria dos Reis Gomes
2 de Janeiro de 2022

Maria dos Reis Gomes
, nascida e criada em Bragança. Estudou na Escola do Magistério em Bragança, no Instituto António Aurélio da Costa Ferreira em Lisboa e na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação no Porto, onde reside.
Sempre focada no ensino e na aprendizagem de crianças com NEE (Necessidades Educativas Específicas) deu aulas no CEE (Centro de Educação Especial em Bragança). Já no Porto integrou o Departamento de Educação Especial da DREN trabalhando numa perspetiva de “ escola para todos, com todos na escola). Deu aulas na ESE Jean Piaget e ESE Paula Frassinetti. No Porto. A escola, a educação e a qualidade destas realidades, são os mundos que me fazem gravitar. 
Acredito que, tal como afirmou Epicteto “ Só a educação liberta”. Os meus escritos procuram reflectir esta ideia filosófica.

Sem comentários:

Enviar um comentário