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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 15 de outubro de 2022

FICA EM LIBERDADE COM APRESENTAÇÕES DIÁRIAS À PSP O HOMEM SUSPEITO DE OCULTAR CADÁVER DA MÃE

 CRIME PELO QUAL ESTÁ INDICIADO COM MOLDURA PENAL INFERIOR A DOIS ANOS DE PRISÃO FOI DETERMINANTE PARA A MEDIDA DE COAÇÃO APLICADA PELO TRIBUNAL.

Vai aguardar julgamento em liberdade com apresentações diárias à PSP de Mirandela, o homem de 50 anos que foi detido, ontem, pela Polícia Judiciária suspeito de ter ocultado o cadáver da mãe, com 70 anos, em avançado estado de decomposição, no interior da casa onde ambos viviam, em Mirandela.

Foi esta a medida de coação aplicada, esta tarde, pelo Juiz de Instrução Criminal, após ter sido presente a primeiro interrogatório no tribunal de Mirandela.

Ao que apurámos, o facto de ainda não se conhecer o resultado da autópsia, que irá apurar se a antiga auxiliar de ação médica do Hospital de Mirandela faleceu de causas naturais ou por intervenção de terceiros, condicionou a aplicação de uma medida de coação mais grave, tendo em conta que desta forma o homem de 50 anos está apenas indiciado de um crime de profanação de cadáver, cuja moldura penal é inferior a dois anos de prisão, pelo que não se enquadra na aplicação da prisão domiciliária ou preventiva.

Apesar de ainda não se saber em concreto quando terá ocorrido a morte de Maria Julieta Gomes, haverá alguns indícios que levam a PJ a suspeitar que a mulher morreu em fevereiro de 2020 e que o filho, de 50 anos, não sinalizou o óbito para receber a pensão da mãe. É sobre este quadro que decorrem as investigações.

Em declarações à Terra Quente FM, um dos vizinhos da vítima, que não se quis identificar, confirmou que já não via a mulher de 70 anos há muito tempo. "Não tenho noção do tempo há que já não via a senhora, mas certamente há mais de um ano", disse.

A dada altura, a PSP também desconfiou da razão de não ter conseguido notificar a mulher de um despacho proferido num processo de violência doméstica em que o suspeito era o filho.

Não conseguindo notificar aquela antiga auxiliar de ação médica do Hospital de Mirandela, que sofria de Alzheimer, a PSP comunicou o facto ao tribunal. E o Ministério Público instaurou um inquérito que foi entregue à Polícia Judiciária.

Ontem, operacionais da PJ de Vila Real encontraram o cadáver da vítima sobre uma cama, na habitação onde ela vivia com o filho, afastada da cidade e com poucas casas em redor. 

O corpo foi removido pelos Bombeiros de Mirandela para o gabinete do Instituto Nacional de Medicina Legal, na unidade hospitalar local.

As autoridades recolheram prova para indiciar o filho de profanação de cadáver. Agora tentarão apurar se o homem, com antecedentes por consumos de droga, se aproveitou de facto da morte da mãe para receber a pensão de reforma.

A autópsia que poderá esclarecer se a mulher faleceu de causas naturais ou por intervenção de terceiros, deverá ser realizada no início da próxima semana.

Artigo escrito por Fernando Pires
(jornalista)

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