Os três núcleos mostram fases e temas diferentes abordados pelo artista, explica Laura Afonso, curadora da exposição e também presidente da Fundação Nadir Afonso.
“Uma parte são um conjunto de estudos que são dos anos 50, abstracionismo geométrico puro, que são interessantes para mostrar a metodologia de trabalho do artista, depois temos um conjunto de telas relativas a cidade, que foi o que distinguiu o artista, e por fim um núcleo de guaches que comporta essencialmente, quadros ou pinturas que sugerem a figura humana. Há três momentos em que é possível vivenciar períodos e obras diferentes”, afirmou a também viúva do artista.
Já a exposição Invasões resulta do trabalho produzido por um colectivo de artistas e Bragança que partiu da proposta do Museu de criar peças que se integrassem ou dialogassem com a exposição permanente, como explica Jacinta Costa uma das artistas.
“O director do Museu desafiou-nos a fazer uma intervenção, a expor trabalhos dentro do espaço expositivo, mas que ou criássemos uma relação ou que nos destacássemos pela intervenção, a ideia não era termos um espaço expositivo à parte, mas integramo-nos na exposição permanente do próprio museu. Cada autor foi livre de fazer a sua análise, d escolher o seu espaço, é ume relação clara entre o espaço do museu e o trabalho artístico”, referiu.
A exposição Horizontes de Nadir Afonso deveria ter estado no Museu em Bragança em 2020, para assinalar o centenário do artista de Chaves, mas foi adiada devido à pandemia.
As duas mostras marcam o relançar a actividade expositiva do museu, explica o director do museu do Abade de Baçal Amândio Felício.
“Consideramos que seria também oportuno, até para assinalar um pouco o que são duas das grandes vertentes da área das exposições temporárias do museu, de alguma maneira para relançar um pouco a programação de exposições que esteve bastante parada neste período de 2 anos, no fundo a ideia é termos um artista de renome nacional e internacional e juntar a isso a presença dos artistas da comunidade local, que foram convidados a intervir no museu”, sublinhou.
A exposição Horizontes de Nadir Afonso está patente até ao dia 27 de Março e a mostra Invasões pode ser vista até 30 de Abril.
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