“O envelhecimento da população não é exclusivo do concelho de Alfândega da Fé , sendo uma realidade com a qual temos de viver. É uma realidade com a qual temos de viver, sendo responsabilidade do município e da comunidade em geral que se mostra disponível para este tipo de apoio”, explicou ao Mensageiro a vice-presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Maria Manuel Silva.
Segundo a autarca, a EABPI acompanha atualmente 20 idosos em situação mais vulnerável, deslocando-se ao domicílio desde o passado mês de maio. Contudo, este número poderá disparar para o dobro a médio prazo.
“É responsabilidade do município olhar e cuidar destes idosos que estão cada vez mais vulneráveis. Sabemos que na maior parte das vezes, são outros idosos que cuidam de outros idosos. Tendo nós as pessoas com as competências certas, foi só juntar o útil ao agradável e começar a prestar um serviço mais integrado e mais aprofundado e com um acompanhamento ao longo do tempo mais frequente”, vincou.
A AEBPI, oferece serviços em diversas áreas, através de um conjunto de profissionais multidisciplinares nas áreas da enfermagem, assistência social, nutrição, psicologia sociologia e psicomotricionismo.
Segundo Maria Manuel Silva, há muitas pessoas que se têm dedicado anos a fio a cuidar de idosos de igual idade, ou superior, e que acabam por se esquecer deles próprios e dos seus direitos.
“A equipa multidisciplinar está também atenta a estes casos, disponibilizando nomeadamente apoio psicológico”, explicou a responsável.
Esta equipa surge da iniciativa do município de juntar várias respostas existentes e dispersas por vários gabinetes e ir ao encontro dos mais velhos que vivem neste concelho da Terra Quente Transmontana.
Maria Manuel Silva, adiantou ainda que para além destas valências está a ser efetuado, em colaboração com uma socióloga que colabora com o município, “um estudo mais aprofundado das dificuldades existentes no concelho nesta matéria”.
O serviço destina-se a pessoas com mais de 65 anos e tem como missão prestar cuidados de ordem física, psicológica ou nutricional à pessoa idosa e suas famílias, de modo a contribuir para o seu equilíbrio e bem-estar, ajudar na vigilância da medicação, evitar o isolamento, encaminhar para outros serviços e técnicos ou auxiliar e aconselhar a pessoa idosa e a família.
“Cuidar de Quem” será o mote para um conjunto de iniciativas que estão programadas com uma periodicidade mensal, para ajudar os cuidadores informais”, disse.
“Vamos fazer encontro com uma frequência mensal com os cuidadores informais a fim de promover a partilha da experiência e das dificuldades, para em conjunto encontrar as soluções mais adequadas para que se perceba que ser cuidador é importante, mas o cuidador também precisa de pouquinho de tempo para cuidar de si”, concluiu a vice-presidente da Câmara de Alfândega da Fé.
Este trabalho é feito em parceria com juntas de freguesia e instituições locais, que ajudam na sinalização das necessidades, assim como outros agentes locais e mesmo particulares.
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